Hoje vocês assistirão de Cazuza. Sou fã ardoroso do trabalho mestre carioca. Cantor de atitude e letristas dos mais afiados, deixou sua marca na música deste país. Primeiro, como vocalista do grupo Barão Vermelho, onde misturava as influências stoneanas com a poética de autores brasileiros que tematizavam o abandono e a dor de cotovelo, como Lupicínio Rodrigues. Posteriormente, na carreira solo, aproximou seu estilo de compor das inspirações da música popular brasileira (mpb).
Por causa de sua necessidade de viver de forma elétrica, pulsante e urgente, Cazuza enfrentou várias barras. Uma delas o levou ao encontro do vírus HIV. Apesar do diagnóstico positivo e das recomendações de repouso, ele não parou de compor e cantar. Usou a urgência por querer viver muitas vidas para escrver uma das mais belas páginas da música jovem do Brasil.
Aqui vamos vê-lo numa apresentação do programa Mixto Quente, exibido pela rede Globo, no verão de 1986. A canção se chama Medieval II, foi composta em parceria com o guitarrista Rogério Meanda. Os versos são de um romantismo inspirador.
Aroldo José Marinho
Cazuza- Medieval II
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