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quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Viva São Bernardo!


Como nos anos anteriores, a abertura do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro (FBCB), na sua 41ª edição, realziada da noite de ontem, foi uma festa. Novamente, a sala Villa-Lobos , do Teatro Nacional, estava lotada. Seguindo o praxe, como nas outras edições, lá estava a Orquestra Sinfônica, regida por Ira Levin, oferecendo ao público sua competência habitual.

Sem dúvida, o momento expressivo da festa foi a exibição da cópia restaurada do filme São Bernardo, dirigido por Leon Hirszman em 1971 e baseado na obra de Graciliano Ramos. Este diretor ficou famoso por ter adaptado para o cinema a peça de Gianfrancesco Guarnieri Eles não usam black-tie,em 1981. Ganhou vaários prmios no exterior.

Realizado num período em que a arte brasileira vivia sob a vigilância da censura, o filme mostra pujança atualidade. Marcante é atuação do protagonista Othon Bastos. também são dignos de nota as partipações de Nildo Parente e de Isabel RIieiro. Esta, assim como Hirszman, não se fizeram presentes na sessão de ontem. Falecidos, se ocupam dos festivais que acontecem no andar superior da existência humana.

O diretor de fotografia Lauro Escorel, que conduziu o trabalho de restauração do filme, tambem subiu ao palco. Além dele e da equipe também estavam presentes os filhos de Hirszman, João Pedro e Maria (que aparece na foto ao lado de Parente e Bastos), que disseram estar bastante emocionados com a homenagem feita ao pai.

Com exceção das pessoas festivas, que sairam mais cedo para encarar o coquetel, ninguém arredou pé enquanto o filme não mostrou os créditos finais. Depois, veio o momento de comemorar. O IS ouviu muitas opiniões favoráveis ao filme. O jornalista Tarcísio Pádua, conhecedor profundo do trabalho de Graciliano, destacou a fidelidade do filme ao texto do escritor alagoano e destacou a interpretação de Bastos.

O FBCB não poderia ter tido melho estréia. Que venham as disputa no cine Brasília!

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