Nos três últimos dias da semana, o ginásio Nilson Nelson foi palco dos jogos da Copa Internacional feminina de vôlei. Lá estive como enviado especial do Informe SAB (IS). Confesso que fiquei surpreendido. Pela lógica caberia a Rodrigo Marcelo Simões ou a Lino Japex a missão de cobrir um evento esportivo. Todavia Simões teve que dar atenção à sua prima L e ao seu primo F. Quanto ao Japex, ele precisou resolver situações particulares. Por isso, lá fui eu acompanhar o vôlei feminino campeão olímpico com o espírito de isenção que diferencia o torcedor do escritor de mídia. Que tarefa difícil, quase impossível.
Além da seleção nacional, treinada por José Roberto Guimarães, competiram as equipes de Itália, Japão e Peru. Esse torneio, que serviu como preparação das equipes para o Grand Prix (a versão feminina da Liga Mundial), que será dispurado no segundo semestre, mostrou as equipes em diferentes nuances. Com exceção do Brasil, só o Japão se apresentou com a equipe principal.
A conquista do título de Guimarães foi, relativamente, tranquila. A equipe venceu todos os jogos pelo placar de 3x0. Porém pensar que tudo foi muito fácil, pelo fato de não ter perdido nenhum set, é um mero engano. Com exceção do jogo do dia 14, no qual a seleção peruana foi presa fácil, nossas meninas precisaram suar a camisa. Sem dúvida, o adversário que mereceu mais atenção foi o Japão. Quem não se lembra da pedreira que foi jogar com as nipônicas na semi-final da Copa do Mundo de 2011? Elas venciam por 2x0. Então a garra brasileira levou o jogo para o tie-break, garantindo a vaga na final para as brasileiras.
Porém, as grandes adversárias das jogadoras do Brasil foram elas mesmas. Ou melhor, o nervosismo que, volta e meia, toma conta da equipe. Exemplo vísivel é a atacante Mari. Jogadora de indiscutível talento, volta e meia, parece que ela se desliga do jogo e comete erros bobos. Outra que precisa ter mais cuidado é Dani Lins. A levantadora titular, ainda, não conseguiu demonstrar a firmeza necessária para a posição. Por isso, Guimarães fez algumas alterações, chamando as levantadoras reservas para a luta. No jogo contra as peruanas, ele botou Fabíola em quadra. A jogadora brasiliense fez o dever de casa correto. Contra as japonesas, foi a vez de Ana Tiemi ter a sua oportunidade. A nipônica, nascida no Mato Grosso, e titular da seleção B do Brasil, não fez feio. Será que já não é a hora do Zé Roberto deixar de lado as tentativas frustradas com Dani Lins?
Foi a intranquilidade citada no parágrafo anterior que quase fez o Brasil perder o terceiro set. Depois de abrir pequena vantagem de três pontos, as brasileiras permitiram a reação italiana. Depois do empate, as comandadas de Massimo Barbolini passaram a frente. Por pouco, não ganham o set por 25 x 23. Zé Roberto pediu tempo e deu uma dura nas brasileiras. A bronca surtiu efeito. O fechou o set em 27 x 25.
Final de jogo, vibração da torcida e festa merecida (foto). Tudo bem de verdade, não é mesmo? Não! Não mesmo! O Governo do Distrito Federal (GDF) tinha que aprontar das suas. E, através da Secretária de Esportes, aprontou. Fez anunciar na imprensa que o distinto público deveria retirar os ingressos gratuitos a partir do dia 14, das 09:00 às 12:00. cada pessoa teria direito a três ingressos.
Os amantes do volei fizeram uma fila enorme na frente do ginásio. Vine minutos após o início da distribuição de ingressos, foi comunicado que a lotação para os três dias de competição estava TOTALMENTE esgotada. O GDF se fez de desentendido. Não se explicou e lavou as mãos. Vale lembrar que Agnelo Queiroz já foi ministro de esportres. Imagine se não tivesse sido.
Um grupo de pessoas descontentes acionou o ministério público. Este entrou em contato com a sede Confederação Brasileira (CBV). Do Rio de Janeiro, a entidade corrigiu a desorganização do GDF. Assim foi possível ao público acompanhar nosssa seleção em sua passagem no planalto central.
Aroldo José Marinho
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