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segunda-feira, 3 de maio de 2010

A fala de Chico

A revista Brazuca (www.brazucaonline.org, www.magazinebrazuca.blogspot.com), dedicada à colônia brasileira residente em Paris, conseguiu um feito que a imprensa nacional nem sempre consegue. Os jornalistas Daniel Cariello e Thiago Araújo entrevsitaram Chico Buarque. Avesso ao contato com os jornalistas, Chico contou algumas coisas bem pertinentes para a revista. Seguem alguns trechos da entrevista.


O voto  
Não sou do PT, nunca fui ligado ao PT. Ligado de certa forma, sim, pois conheço o Lula mesmo antes de existir o PT, na época do movimento metalúrgico, das primeiras greves. Naquela época nós tínhamos uma participação política muito mais firme e necessária do que hoje. Eu confesso, vou votar na Dilma porque é a candidata do Lula e eu gosto do Lula. Mas, a Dilma ou o Serra, não haveria muita diferença.

O futebol
Não sou fanático por nada. Mas tenho muito prazer em jogar futebol. Em assistir ao bom futebol, independentemente de ser o meu time (…). Mas vou menos aos estádios. Não me incomodo de andar na rua, mas quando você vai a alguns lugares, tem que estar com o cabelo penteado, tem que estar preparado para dar entrevistas. Aqui eu estou dando a minha última (risos).

A música
Agora que terminei de escrever um livro já faz um ano, minha vontade é de escrever música. Demora, é complicado. Porque você não sai de um e vai direto para outro. Você meio que esquece, tem um tempo de aprendizado e um tempo de desaprendizado, para a música não ficar contaminada pela literatura. Então eu reaprendo a tocar violão, praticamente. Eu fiquei um tempão sem tocar, mas isso é bom. Quando vem, vem fresco.

A inspiração
Quando a gente começa — isso é um caso pessoal, não dá pra generalizar —, faz música um pouco para arranjar mulher. Hoje em dia, você inventa amor para fazer música. Se não tiver uma paixão, você inventa uma, para a partir daí ficar eufórico, ou sofrer.

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