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terça-feira, 27 de novembro de 2007

Dança comigo?


Na noite de domingo (25/11), o filme Chega de saudade, da diretora paulista Laís Bodanzky mostrou que caiu no gosto da platéia que compareceu para mais uma sessão do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro. Este longa foi precedido pelos curtas Tarabatara, de Júlia Zakia, e Eu sou assim- Wilson Batista, dirigido por Luiz Guimarães de Castro. O primeiro é um documentário sobre a vida num acampamento cigano no interio alagoano. O segundo é uma ficção baseada na história do famoso sambista do Rio de Janeiro. Sem dúvida, são duas produções bem intencionadas mas sem força para ofuscar o brilho da trama dirigida por Bodanzky a partir do roteiro escrito por seu marido Luiz Bolognesi.

O filme não tem um protagonista. Todos os personagens ganham destaque para mostrar suas alegrias e desilusões num imenso salão de danças situado num subúrbio paulistano. Neste mico-universo estão uma mulher solitária sem ninguém para dançar (Betty Faria), uma ricaça de vida dupla (Clarice Abujamra), um senhor que finge ser viúvo para poder circular com desenvoltura no salão (Luiz Serra), o garçom confidente (Marcos Cesana) entre outros. Uma participação muito especial foi feita por Jorge Loredo, o genial e eterno Zé Bonitinho. Além dos atores citados, também fazem parte do elenco: Tônia Carrero, Leonardo Vilar, Cássia Kiss, Stepan Nercessian, Maria Flor e Paulo Vilhena. Vale citar as boas participações dos cantores Marku Ribas e Elza Soares.

Muitos aplausos foram generosamente oferecidos pelo público brasiliense que se levantou para reverenciar o filme. Este fato coloca o trabalho de Bodanzky no páreo na corrida ao troféu Candango de melhor filme. Vale lembrar que, caso ganhe o prêmio, esta não será a primeira vitória da diretora na categoria. Em 2000, seu Bicho de sete cabeças, foi o vencedor e ajudou a decolar a carreira internacional do ator Rodrigo Santoro.

O espírito alto astral que ajudou a encantar a platéia pode ser resumido nas declarações de Betty Faria e Maria Flor. A veterana atriz comentou: "Acho que conseguimos nesse filme uma união e harmonia muito forte entre toda a equipe". Para Maria Flor: "Foi um trabalho de conjunto muito emocionante. Deixamos a coisa acontecer, num filme delicado e sensível, que fala de amor”.


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