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sábado, 31 de julho de 2010

Ibope desempata pró Dilma: como fica o Datafolha?

A divulgação dos resultados das pesquisas eleitorais feitas por diversos instiutos podem causar constrangimentos e questionamentos: quais resultaodos, de fato, expressam a vontade dos brasileiros?
A postagem de sexta-feira (30/07) que Ricardo Kotscho escreveu (www.colunistas.ig.com.br/ricardokotscho/2010/07/30/ibope-desempata-pro-dilma-como-fica-o-datafolha/) é bastante esclarecedora.


Ibope desempata pró Dilma: como fica o Datafolha?

O Ibope anunciado agora há pouco,  no Jornal Nacional desta sexta-feira, desempatou o jogo das pesquisas eleitorais: em relação à pesquisa anterior, que deu empate em 36 pontos, Dilma subiu três e foi para 39, abrindo cinco pontos de dianteira sobre José Serra, que caiu dois, e agora tem 34. Abriu a “boca do jacaré”, com dizem os especialistas, fora da margem de erro.

O resultado do Ibope ficou bem mais próximo do Vox Populi, que apontou oito pontos de vantagem para Dilma (41 a 33), do que do Datafolha, o único a registrar empate técnico, com José Serra numericamente um ponto à frente (37 a 36), nas pesquisas divulgadas no último fim de semana. 

Não sou especialista em pesquisas _ aliás, como vocês sabem, em coisa alguma _, mas são números tão divergentes estes apresentados pelos três maiores institutos do país que, neste momento, o Datafolha fica mal na fita. Talvez seja o caso de repensar a sua metodologia, baseada em entrevistas nas ruas nos pontos de grande fluxo de pessoas (os outros ouvem os eleitores em suas casas). Com a palavra, os responsáveis pelo instituto.

A apenas dois meses das eleições e a duas semanas do início do horário político na televisão, sem qualquer fato político relevante nas últimas semanas que possa justificar mudanças bruscas na intenção de voto do eleitor, é no mínimo estranho o cenário visto a partir das últimas pesquisas presidenciais.

Nas campanhas dos principais Estados, há mais convergências entre os resultados até aqui divulgados pelos três institutos. Com exceção de São Paulo, onde Geraldo Alckmin caminha para uma tranquila eleição no primeiro turno, são os candidatos da aliança governista PT-PMDB-PSB que aparecem à frente: Sergio Cabral, no Rio; Hélio Costa, em Minas; Tarso Genro, no Rio Grande do Sul (sem o PMDB); Eduardo Campos, em Pernambuco; Jacques Wagner, na Bahia, e Cid Gomes, no Ceará.

O fato de contar com o apoio de candidatos que lideram a disputa nestes grandes colégios eleitorais pode ser uma das explicações para o crescimento de Dilma e a queda de Serra no Vox Populi e no Ibope.

A outra é que cada vez mais eleitores identificam Dilma como a candidata de Lula, o presidente que mantém seu índice de popularidade em torno de 77%, como o Ibope reiterou nesta última pesquisa (apenas 4% consideram seu governo ruim ou péssimo).

É jogo jogado. Agora, resta esperar pelo início dos programas de Serra e Dilma no rádio e na TV para que surjam novidades nas pesquisas, já que Marina Silva, a candidata verde da terceira via, continua cada vez mais longe dos ponteiros (apenas 7% nesta última pesquisa do Ibope). Os nanicos não pontuaram.

Desta forma, a grande pergunta que podemos fazer neste momento é se teremos ou não segundo turno. Que resposta dariam os leitores do Balaio?



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