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sexta-feira, 2 de julho de 2010

SAB na copa: Grandes jogos pequenas decisões

A chateação pela derrota brasileira frente a Holanda não me dá inspiração para escrever nenhum texto. Por isso, resgato texto escrito após o confronto Alemanha x Argentina que aconteceu na Copa de 2006.

Espero que a leitura seja proveitosa. Saudações de ânimo!
Aroldo José Marinho


30 Junho 2006

Após uma parada estratégica de dois dias, a copa do mundo retomou sua sina no dia de hoje. No momento em que escrevo, já sei do resultado do jogo das 12:00 e espero pelo início do das 16:00. O mata-mata da fase anterior definiu oito equipes para as quartas-de-finais. Começaram as pequenas decisões, uma nova onde de emoções.

Com exceção do jogo Itália x Ucrânia, há um toque de decisão em cada partida. Confrontos tradicionais são evidenciados: Europa x América do Sul e a re-edição de uma das semi-finais da copa de 1966, realizada na Inglaterra.

O conflito inter-continental coloca frente a frente Alemanha x Argentina e França x Brasil. O confronto envolvendo os donos da casa e nossos rivais domésticos nos faz recordar as decisões de 1986 e 1990. Maradona e companhia levaram a taça na primeira enquanto que Matthäus e colegas deram o troco na copa seguinte. Outra re-edição envolve a seleção brasileira que vai tentar mostrar que a vitória francesa, na copa de 1998, foi apenas um equívoco.

A copa de 1966 também volta à ordem do dia por causa do jogo Inglaterra x Portugal. Coincidentemente, as duas seleções são citadas entre as que mais evoluiram nos último quatro anos. Outro fato que as une é que seus treinadores são estrangeiros: os ingleses são comandados pelo sueco Sven Goran-Erickson e os portugueses obedecem a orientação de Luis Felipe Scolari.

E agora, o que acontecerá daqui por diante?

Com exceção do já encerrado jogo que culminou com a vitória alemã, a resposta é difícil de escrever. A Alemanha mostrou que, além da sua tradicional aplicação, sabe fazer uso da garra quando esta é necessária. Começou em desvantagem no placar por causa do gol anotado por Ayala, aos 4 minutos do segundo tempo, a seleção dona da casa partiu para cima dos argentinos e conseguiu o empate, aos 35, com uma cabeçada do artilheiro Klose. Tem gente que dirá que os argentinos jogaram melhor, que mereciam ter ganho a partida. Como só assisti a partir do segundo tempo, não sei se tal afirmativa é pertinente. Porém não vi muito brilho na atuação argentina no segundo tempo nem na prorrogação.

Não escondo de ninguém que minha torcida nesta copa é para Brasil e Alemanha, por uma série de motivos afetivos. Cito isto para dizer o tamanho de minha alegria com as defesas feitas por Lehman nas cobranças de penais. Seus colegas foram eficientes. Ele foi completo. Parece que os argentinos se cansaram demais correndo na prorrogação pois suas cobranças de penais foram medíocres. Aproveito para, publicamente, pedir desculpas a Jens Lehman. Eu fui umas das pessoas que contestaram a decisão do técnico Klinsmann de fazer dele o sucessor de Kahn no gol alemão.

Para o outro confronto entre europeus e sul-americanos, o jeito é especular. Creio que o Brasil vai procurar ser muito eficiente para devolver a derrota de 1998 aos franceses. Mas, também para seguir adiante nesta copa. Por isso, não acredito que este jogo traga muitos gols. Talvez haja um palcar bem mínimo, do tipo 1 x 0, 2x 1, etc. Será um jogo emocional, qualquer um pode surprender. Deus queira que a vitória não abandone o verde-amarelo.

Quanto ao confronto luso-britânico (ou anglo-português?). De cara, eu não tenho preferência por nenhuma das duas seleções. Poderia fechar os olhos, lavar as mãos e dizer: Que vença o melhor! Todavia não farei isto. Dificilmente fico em cima do muro. Por isso, declaro minha simpatia por Felipão. Sou seu fã desde o tempo em que ele dirigia a Sociedade Esportiva Palmeiras. Considero que ele é um treinador muito competente e sempre me coloco na sua torcida. Viva Scolari!

Finalizando. No confronto entre europeus e sula-americanos, entre portugueses e ingleses, que haja futebol de muita qualidade.

Aroldo José Marinho

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